ATA DA CENTÉSIMA VIGÉSIMA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEXTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA NONA LEGISLATURA, EM 24.10.1988.

 


Aos vinte e quatro dias do mês de outubro do ano de mil novecentos e oitenta e oito reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Centésima Vigésima Oitava Sessão Ordinária da Sexta Sessão Legislativa Ordinária da Nona Legislatura. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adão Eliseu, Antonio Hohlfeldt, Aranha Filho, Artur Zanella, Bernadete Vidal, Brochado da Rocha, Caio Lustosa, Cleom Guatimozim, Clóvis Brum, Elói Guimarães, Ennio Terra, Flávio Coulon, Gladis Mantelli, Hermes Dutra, Jorge Goularte, Luiz Braz, Nei Lima, Paulo Sant’Ana, Paulo Satte, Ignácio Neis, Jaques Machado, Jussara Cony, Lauro Hagemann, Mano José, Nilton Comin, Rafael Santos, Raul Casa, Teresinha Irigaray, Valdir Fraga, Werner Becker e Wilton Araújo. Constatada a existência de “quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e solicitou ao Ver. Jorge Goularte que procedesse à leitura de trecho da Bíblia. A seguir, o Sr. Secretário procedeu à leitura das Atas da Centésima Vigésima Sétima Sessão Ordinária, das Trigésima Primeira e Trigésima Segunda Sessões Extraordinárias e da Sexagésima Sessão Solene, que deixaram de ser votadas em face da inexistência de”quorum”. À MESA foram encaminhados: pelo Ver. Cleom Guatimozim, 01 Pedido de Providências, solicitando calçamento da Rua João da Costa, na Vila São José;pelo Ver. Frederico Barbosa, 01 Pedido de Providências, solicitando substituição de lâmpadas queimadas da Rua da República, altura do nº 635, Colégio Olinto de Oliveira; pelo Ver. Raul Casa, 03 Pedidos de Providências, solicitando substituição de lâmpadas queimadas na Rua Vicente da Fontoura, defronte ao nº 2059 e na Rua Reverendo Betts, acesso 2; sinalização e fixação de divisores fixos na Rua Duque de Caxias, na confluência com a Rua Jerônimo Coelho; pela Verª. Teresinha Irigaray, 01 Projeto de Resolução nº 54/88 (proc. nº 2269/88), que concede o título honorífico de Cidadão Emérito aos irmãos Arthur e Hermínio Dallegrave. Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios nos 598;583; 592/88, do Sr. Prefeito Municipal; 02/88, da Comissão Especial constituída com a finalidade de iniciar os estudos que visam a reformulação da Lei Orgânica Municipal e do Regimento Interno desta Casa; 240/88, do Pró-Reitor de Extensão, Prof. Waldomiro Carlos Manfroi, da UFRGS. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Ver. Antonio Hohlfeldt discorreu sobre o Projeto de Lei do Executivo nº 126/88, que visa criar um Plano de Carreira para os funcionários do DMLU, criticando a atuação da direção desse Departamento no que se refere à limpeza da Cidade. Lamentou que o Plano de Carreira enviado pelo Executivo Municipal favoreça especialmente os ocupantes dos cargos mais elevados do DMLU. A Verª. Jussara Cony teceu críticas aos planos de carreiras específicos enviados à Casa pelo Executivo Municipal, analisando o arrocho salarial sofrido pelos municipários e destacando solicitação feita à COSMAM, de inspeção dos locais de trabalho dos funcionários do DMLU. Declarou ser o PC do B favorável a um plano salarial conjunto para todos os municipários. Solicitou à Mesa o esclarecimento aos assistentes da tramitação do Projeto de Lei do Executivo nº 126/88. O Ver. Clóvis Brum comentou a tramitação, na Casa, do Projeto de Lei do Executivo nº 126/88, solicitando às lideranças da Casa a retirada do “quorum”da presente Sessão, para que não seja votado qualquer projeto antes da votação do Plano de Carreira do DMLU. O Ver.Caio Lustosa disse que a posição de sua Bancada coincide com as demais já manifestadas na Casa, favoráveis à votação do Projeto de Lei do Executivo nº 126/88, lamentando o envio, pelo Executivo Municipal, de Planos de Carreira específicos para os diversos organismos municipais. O Ver. Jorge Goularte falou sobre nota publicada na imprensa pelo Pref. Alceu Collares, salientando erro de cálculo ali observado, referente ao salário do magistério público municipal. Destacou que o Projeto de Lei do Executivo nº 126/88 não se encontra em pauta para votação, declarando-se favorável à votação conjunta de todos os projetos relativos a questões salariais dos municipários de Porto Alegre. O Ver. Raul Casa declarou que sua Bancada deseja votar todos os projetos em tramitação na Casa relativos a questões salariais dos municipários. Falando sobre o Projeto de Lei do Executivo nº 126/88, salientou que o relatório relativo ao mesmo encontra-se sendo elaborado e que espera seu término o mais rápido possível. O Ver. Nei Lima, salientando que o Parecer do Projeto de Lei do Executivo nº 126/88 está sob sua responsabilidade, encontrando-se praticamente pronto, disse que esse Projeto deverá ser votado na próxima quarta-feira e que espera a aprovação do mesmo. Após, foi aprovado Requerimento do Ver. Flávio Coulon, solicitando a inversão da ordem dos trabalhos, passando-se ao período de PAUTA. Em Discussão Preliminar, estiveram, em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 164; 158; 168/88; os Projetos de Lei do Executivo nos 130; 132; 133; 110; 125; 97/88, discutidos pelo Ver. Flávio Coulon; 131; 124/88; os Projetos de Lei Complementar do Executivo nos 10; 14/88; o Projeto de Resolução nº 53/88; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Executivo nos 101; 102; 103; 104; 105; 106; 107; 108; 109; 111; 112; 113: 114; 115; 116; 117; 118; 119; 120; 121;122; l23/88; em 3ª Sessão, os Projetos de Resolução nos 52; 48/88;o Projeto de Lei do Executivo nº 95/88. Ainda, foi aprovado Requerimento do Ver. Brochado da Rocha, solicitando que os processos nos 2333; 2334; 2335; 2336; 2260; 2337/88, sejam considerados em regime de urgência e submetidos à reunião conjunta das Comissões de Justiça e Redação, de Urbanização, Transportes e Habitação e de Finanças e Orçamento. Durante os trabalhos, o Ver. Clóvis Brum declarou que se retiraria da presente Sessão, somente voltando a participar de votações no momento em que for incluído o Projeto de Lei do Executivo nº 126/88 na Ordem do Dia. Às quinze horas e vinte e um minutos foi realizada nova verificação de “quorum”, registrando-se as presenças dos Vereadores Aranha Filho, Brochado da Rocha, Caio Lustosa, Elói Guimarães, Flávio Coulon, Gladis Mantelli, Hermes Dutra, Paulo Sant’Ana, Valdir Fraga, Wilton Araújo, Werner Becker. Constatada a inexistência de “quorum” para a Ordem do Dia, o Sr. Presidente levantou os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Brochado da Rocha e Jorge Goularte, o último nos termos do art. 11, § 3º do Regimento Interno, e secretariados pelos Vereadores Gladis Mantelli, Mano José, Raul Casa e Antonio Hohlfeldt, os dois últimos como Secretários “ad hoc”. Do que eu, Gladis Mantelli, lª Secretária, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelo Sr. Presidente e por mim.

 

O SR. PRESIDENTE (Brochado da Rocha): Havendo “quorum”, declaro abertos os trabalhos da presente Sessão.

Em tempo de Liderança, com a palavra o Ver. Antonio Hohlfeldt.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, muito especialmente senhores funcionários públicos do Departamento Municipal de Limpeza Urbana. A exemplo do que ocorreu em relação ao DMAE, o Executivo Municipal envia a esta Casa um Projeto, pretendendo criar um Plano de Carreira e Classificação de Cargos para esse Departamento e o faz simultaneamente em que desenvolve, através da direção do órgão, toda uma política de pressão, inclusive através de um engano permanente dos senhores funcionários, que estão plantados aqui desde a semana passada, passando dias inteiros, cansando-se à toa, a partir de informações truncadas e de má-fé, desenvolvidas, ao que parece, a partir da direção do próprio órgão. E eu digo ao que parece, Ver. Ennio Terra, porque os caminhões do DMLU estão aí fora e eu acho muito curioso que a Cidade continue um lixo, quando diziam que eram os funcionários do DMLU que não estavam trabalhando e todos eles voltaram ao trabalho. A Cidade continua um lixo, com o recolhimento do lixo extremamente deficiente e certamente não por culpa destes que aqui estão, que são uma minoria, em relação a todo sistema de recolhimento de lixo, mas continua um lixo, porque na verdade é a direção do órgão que não funciona. Isto é muito simples de se verificar. Ainda no final de semana estive na Rua Qtto Niemeyer, a pedido de um morador que teve a alegria de ver o Dr. Vitor Rosário mandar construir uma lixeira pela metade, na frente do seu portão, ao lado de um beco que dá acesso a uma vila. Então, como é época de eleição, o Dr. Vitor Rosário fez a encenação que já estou acostumado de ver nas vilas: começa um serviço e não acaba e finge que engana os moradores do morro. Na Vila Gaúcha, no Morro Santa Tereza, por exemplo, o Prefeito Collares colocou lâmpadas, grade nas lâmpadas, mas ligar a luz nunca. Continua tudo no escuro, igual. Bonitinho está, com propaganda dos candidatos do PDT. Mesma coisa na Vila Rio Branco, também no Morro Santa Tereza: estão lá as lâmpadas, as grades, agora, ligar a luz nada, a vila continua no escuro. No caso da lixeira, ela foi construída apenas com duas pedras de altura, inacabada, no portão de um morador que não é morador da vila, e, então, se conseguiu esta coisa maravilhosa: não se resolveu o problema da vila e se piorou a situação do morador que não tinha nada a ver com a história, mas isto é a prática do DMLU. Queria dizer aos companheiros do DMLU de que nós temos restrições a planos separados de carreira. Isto é notório, porque temos o bom hábito de deixar muito claras as nossas posições. Agora, em nenhum momento ter restrições e até denunciar a manobra divisionista do Prefeito com estes Planos, é sugerir que vamos votar contra. Agora, quero antecipar aos companheiros que aquilo que eu disse para os companheiros do DMAE - de que o Plano que tivemos que votar às pressas era um Plano que favorecia a cúpula do órgão, mas que não ajudava em nada aquele, o trabalhador do DMAE, que entra na água, aquele que entra na fossa, aquele que passa o dia embarrado - eu digo, também, para vocês, o Plano vai favorecer a alta cúpula do DMLU, não vai favorecer a vocês que vivem no dia-a-dia do recolhimento de lixo. Para vocês vão dar esmola, vão dar migalhinha, para os outros vão dar um monte. Que não é um monte, porque, de toda a maneira, a defasagem é tão violenta que, por mais que se dê, não se recupera o poder aquisitivo. O que eu quero dizer, claro, é que vocês não entrem na fria das falsas lideranças, observem quem está presente, hoje, aqui na Sessão e quem está ausente, marquem bem isso. Isso me parece importante. No mais, a nossa posição é a que sempre foi, com sérias restrições à manobra de divisão, mas nem por isso contrário a um projeto que, ao dar migalhas, no mínimo despiora (sic) o salário de cada um de vocês. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, a Verª Jussara Cony, em tempo de Liderança.    

 

A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, em especial os funcionários do DMLU, presentes, aqui, nesta Casa, tanto no Plenário, quanto no saguão e nos corredores.

Neste momento assume esta tribuna não apenas a Verª Jussara Cony, mas a Liderança de um Partido nesta Casa, a Liderança do Partido Comunista do Brasil, que é um Partido de classe, um Partido que, inclusive, nos seus 66 anos de luta, tem sido colocado durante todo tempo na clandestinidade pela defesa que faz da classe operária e dos trabalhadores. E em nome deste Partido que nós temos tido, nesta Casa, uma postura na defesa dos interesses dos servidores do Município de Porto Alegre como um todo, denunciando, em todos os momentos, os Planos isolados de Carreira que vêm a esta Casa, que, inclusive, fomentaram a divisão entre os funcionários do Município, a divisão entre os trabalhadores, o que só ajuda, em qualquer instância, ao patrão. O que só ajuda àqueles que dão sustentação ao regime de exploração e de opressão que vive a classe operária, que vivem os trabalhadores, que vivem os funcionários públicos deste País, seja a nível federal, estadual e, principalmente, do Município de Porto Alegre. Funcionários do Município de Porto Alegre que têm, inclusive, um piso salarial no valor de 7 mil cruzados abaixo do piso nacional, um piso salarial de exploração, que sequer dá para suprir as necessidades básicas de qualquer trabalhador brasileiro. Foi com esta postura que, como membro da Comissão de Saúde e Meio Ambiente desta Casa, solicitamos a essa Comissão, que tem na sua presidência o Ver. Aranha Filho, que inspecionassem os locais de trabalho do DMLU, como aquele situado bem próximo daqui, na Usina do Gasômetro, e ficou demonstrada a insensibilidade, a incompetência de um Governo Municipal, em deixar num local insalubre como aquele, trabalhadores que exercem, como os funcionários do DMLU, atividade essencial, porque estão ligados diretamente à saúde pública de todos os cidadãos desta Cidade. É com esta postura que temos acompanhado, também, o movimento dos servidores, como um todo, desde a época do Prefeito anterior, e que participamos e participaremos de todas as Assembléias Gerais dos funcionários deste Município, por reposição salarial e, fundamentalmente, por um Plano único de Carreira, que resgate a dignidade funcional e salarial dos servidores municipais como um todo. Sr. Presidente, Srs. Vereadores, senhores funcionários do DMLU, não sabemos de onde, ou melhor, sabemos até por que motivo, exatamente pela postura que temos, está sendo dito, e isso nos tem sido colocado por funcionários do DMLU, que votaríamos, nós e outros Vereadores, nesta Casa, justamente aqueles que têm tido o mesmo comportamento, a mesma coerência, sempre na defesa dos interesses maiores da cidade de Porto Alegre, que votaríamos contra o Projeto do DMLU. Em todos os momentos, nas votações secretas que aqui ocorrem, temos tido, inclusive, porque temos esta possibilidade, um só posicionamento, e a coerência do nosso Partido, podemos mostrar os votos secretos que temos dado nesta Casa, em benefício dos interesses dos funcionários do Município e da cidade de Porto Alegre. É difícil muitas vezes de entender esta coerência e este tipo de participação; de não dar tapinhas nas costas dos funcionários às vésperas de eleição, mas de ter a coragem e a coerência de ter sempre uma posição só, que é em defesa dos interesses dos funcionários como um todo. Os funcionários do DMLU, assim como do DMAE, assim como as professoras, os procuradores, que já tiveram Plano de Carreira isolados, por esta política do Governo Municipal de dividir os funcionários do Município, assim como os funcionários como um todo sabem qual tem sido a postura do Partido Comunista do Brasil e da sua Vereadora nesta Casa. Portanto, estes mesmos funcionários, ao nos perguntarem o motivo por que está sendo espalhado que nós e outros Vereadores votaríamos contra o Plano do DMLU, trazem a nós também a postura que não concordam com este Plano, que não concordam com Planos isolados e que gostariam de ver um Plano Único de Carreira, que resgatasse a dignidade de todos os funcionários. Esses funcionários sabem como votaremos, até porque nós, sim, podemos sempre, como temos feito, mostrar o nosso voto aqui no Plenário desta Câmara. E teremos este mesmo comportamento.

Gostaríamos, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, de solicitar neste momento à Mesa, por uma questão de compromisso que esta Casa, como um todo, tem tido com os funcionários do Município, que a Mesa informe aos funcionários do DMLU onde, neste momento, em que pé está, em que processo está o seu Projeto, para que os funcionários possam entender até a forma de tramitação nesta Casa. Nós temos feito, sempre que procurados, ido à Direção-Geral; hoje de manhã ainda fizemos assim, informando aos funcionários e à comissão que os representa, para que os funcionários entendam que tramita o seu Plano, que tramitam outros Planos, que há uma série de quesitos a serem cumpridos pela própria administração da Casa, e de que neste momento o seu Plano deve estar certamente com algum Relator; que Relator é este? Em que momento da tramitação está o Plano dos funcionários do DMLU? E, também, que a Mesa informe a esta Casa, e já adiantamos, das conversações que aqui têm-se processado da Mesa com todas as Lideranças no sentido de que nós votemos, num dia só, de uma maneira unificada, todas as matérias relativas aos servidores do Município de Porto Alegre, no sentido de que todos, de uma forma ou de outra, possam ter resgatada, pelo menos em parte, um pouco da sua dignidade funcional, da sua dignidade salarial tão aviltada pela política de arrocho salarial do Prefeito do PDT na cidade de Porto Alegre. Muito obrigada.

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, pela Bancada do PMDB, o Ver. Clóvis Brum.

 

O SR. CLÓVIS BRUM: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, realmente nós fomos pegos de surpresa nesta tarde, pois o avulso continha uma série de Projetos a serem votados e não continha o Projeto do Departamento Municipal de Limpeza Urbana. Nada sobre o DMLU existe para ser votado nesta tarde. Este fato me causou surpresa porque o Parecer e a própria problemática do encaminhamento à votação corre por conta do PDT. Eu imaginava que um dos primeiros Projetos a serem votados nesta tarde fosse exatamente o do Departamento Municipal de Limpeza Urbana, até pela presença de seus funcionários aqui, desde a semana passada. Pararam a sua greve para fazer o acordo, o Projeto foi enviado, mas, infelizmente, não está na Ordem do Dia. Eu quero fazer um apelo às demais Lideranças e aos demais Vereadores, para que se retire o “quorum” desta Sessão e não se vote nenhum Projeto dos que estão na Ordem do Dia, até que se coloque, na Ordem do Dia, para votação, o Processo do Departamento Municipal de Limpeza Urbana. Eu acho que só assim nós estaremos não só dentro do combinado como também dando uma atenção devida para aquele setor dos funcionários municipais que parou a sua greve, que voltou ao seu trabalho, e cujo Processo deveria estar hoje para votação. De maneira que reitero o meu pedido para que se esvazie esta Sessão e se retorne, então, hoje, ou na quarta-feira como a Mesa o determinar, para que esteja na próxima reunião, na Ordem do Dia, o Projeto dos funcionários do DMLU. Peremptoriamente, me nego a votar a Ordem do Dia de hoje sem que se vote também o Projeto dos funcionários do DMLU. Caso se vote essa série de Projetos que estão aí e não se vote o Plano dos Funcionários da Limpeza Urbana, nós estaríamos, no mínimo, cometendo uma grosseira com esses funcionários, que desde a semana fizeram este movimento, com a sua conciliação em voltar ao serviço, em terminar com a greve.

Lamentamos, profundamente, que não estivesse na Ordem do Dia este Projeto e informamos que só votaremos a partir do momento em que esteja incluído o Projeto do funcionalismo do DMLU, que já tem relator, que já está pronto para ser votado, porém não apareceu na Ordem do Dia de hoje. Esperamos que os Senhores Vereadores entendam a nossa posição, pois somente votaremos os projetos em conjunto e, evidentemente, o Projeto do DMLU, que até o momento não apareceu.

Agradeço, Sr. Presidente e espero que possamos ter este Projeto em breve para ser votado porque do jeito que está não poderemos votar qualquer matéria. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Pela ordem, com a palavra o Ver. Caio Lustosa, pelo PSDB.

 

O SR. CAIO LUSTOSA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, senhores funcionários do DMLU aqui presentes: a posição de nossa Bancada é idêntica àquelas já externadas, aqui, pelas Lideranças do PT, do PC do B e do PMDB. Ou seja: de que, cumprindo o compromisso que firmamos, entre estas Bancadas, nós, do PSDB, estamos dispostos, sim, a votar o Projeto do DMLU. Não nos animou, nem nos anima, nenhum processo ou propósito de obstrução de tornar mais lento isto que já deveria ter ocorrido: a discussão e aprovação desse Plano de Carreira.

O que queremos reiterar e insistir é naquela posição que de há muito assumimos nesta Casa e denunciávamos ao funcionalismo como um todo: a prática divisionista que o Executivo Municipal adotou em criar primeiro um Plano de Carreira para os professores, depois para o DMAE, agora, para o DMLU, de uma forma, sim, improvisada, sem um maior exame do que realmente vai ocorrer em relação a cada um dos níveis dessas categorias e com possíveis e bem imagináveis reflexos, tornando mais acentuada a defasagem entre os cargos de cúpula e a grande massa dos servidores nos padrões iniciais. Mas vamos votar. Mas esperamos que a Bancada do Prefeito Municipal traga o seu relator e seu relatório, pois ele pertence a essa Bancada. E já deveria estar aqui. Assim, procederíamos à discussão e votação do Projeto. Agora, o que não é lícito, que não é correto, é vir-se atribuir a este ou àquele Vereador, justamente os que têm caracterizado a sua atuação nesta Casa por um apoio às reivindicações salariais, querer atirar contra eles a culpa de um processo eleitoreiro, tentar, desesperadamente, faturar diante dessa crise salarial. Nós até custamos a acreditar que haja este propósito. Todavia, fique clara a posição de nossa Bancada: estamos aqui dispostos a aprovar essas reivindicações, não só do DMLU, mas do restante do funcionalismo, que sofre o processo de achatamento salarial.

Por isso vai aqui nosso apelo, junto com os que formularam as demais Lideranças, no sentido de que a Presidência acione os serviços desta Casa, especialmente os responsáveis pela elaboração do relatório, para que sem mais demora tenhamos aqui a discussão e votação desse Projeto.

De outra parte, repetimos que não iremos votar nenhum projeto vindo do Executivo sem que tenha sido resolvida esta questão salarial.

Esta é a nossa posição, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, senhores funcionários do DMLU aqui presentes. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Liderança com o PL, Ver. Jorge Goularte.

 

O SR. JORGE GOULARTE: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, na nota que o Prefeito Municipal está publicando nos jornais, não precisa fazer muita análise, nem muitas contas, numa simples observação, se vê que há um erro gravíssimo nesta nota, onde o Prefeito diz que o Professor que ganha 181 mil cruzados, com a aplicação do plano com 166%, passará para 301.098 mil cruzados, quando na verdade se vê, tranqüilamente, que 100% apenas já passa para trezentos e sessenta e dois. Então 166% passará a ..., ou há erro no percentual, ou há erro no valor final, passará para Cz$ 481.000,00 e não para Cz$ 30l.000,00; há um pequeno erro de cálculo que não precisa ser grande especialista em estatística, em matéria econômica, no Município, para ver que esse percentual está equivocadamente colocado no jornal.

Mas, exatamente no mesmo sentido dos outros Vereadores que me antecederam, o Partido Literal e este Vereador não votará nenhum Projeto do Poder Executivo sem que sejam resolvidos os problemas relativos aos vencimentos dos funcionários municipais. E é preciso que os funcionários do DMLU, que nos visitam, hoje, saibam que ele, o Projeto, não está no espelho da Ordem do Dia, o Projeto para votação. Por que é dito por aí, eu já soube disso, que há Vereadores da oposição ao Prefeito que não querem votar o Projeto. Não é verdade. Nós estamos aqui, por sinal, em grande maioria, e, alguma Bancada como este Vereador, está sempre aqui presente, e a Bancada do Poder Executivo, que têm 14 Vereadores, não preciso dizer aos senhores, pois estão vendo, visualmente, quantos estão em Plenário.

Então, interesse de nossa parte, é claro que existe em votar, e é claro que queremos votar. Agora, como já disse, insisto e enfatizo, combinamos de votar os Projetos em bloco, porque o Poder Executivo tem feito por conta-gotas: primeiro a SEC, hoje SMEC, depois o Pronto Socorro, depois os Procuradores, a Saúde, o DMAE e agora o DMLU. E, mesmo nos Projetos remetidos, alguns, não sei por que com benefícios muito maiores do que outros, fazendo uma discriminação enorme, entre o funcionalismo municipal, nós tivemos que modificar alguns, com Emendas da nossa autoria, estendendo especialmente aos inativos os direitos que foram dados aos ativos, aos da ativa. Então, para que fique claro, não parte de nós nenhum problema em votar, só que nós queremos votar os projetos como combinamos em Liderança, em conjunto, todos os projetos relativos ao funcionalismo. Sem votar nenhum Projeto do Executivo, que não seja relativo ao vencimento de funcionário. E aí está o caso do DMLU.

Então, nós queremos com tranqüilidade dizer isso, para que fique bem claro, para que não pairem dúvidas. Na sexta-feira, muitos funcionários foram, equivocadamente, enganados em relação ao que estava sendo votado, pensaram que eram seus próprios interesses, quando não era. E nós, diligentemente, nos retiramos porque não estava sendo votado o reajuste do funcionalismo municipal.

É preciso que se observe com tranqüilidade o que está sendo votado. E não são os Partidos de oposição que estão trancando alguma coisa. No espelho dos trabalhos desta tarde, para que os senhores tenham uma idéia, não consta o Projeto do DMLU. Então, além de não diligenciarem a votação do Projeto, ainda fazem essa maldade com os senhores de fazerem virem para esta Casa, sem nenhum sentido, sem uma oportunidade de resolver o problema. Ou seja, colocaram os senhores aqui dentro, fizeram com que viessem para cá, para absolutamente nada.

 

Então é necessário que alguém tenha a coragem de dizer essas coisas, e é o que estou fazendo. Muito obrigado.

    

(Não revisto pelo orador.)

    

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Raul Casa.

 

O SR. RAUL CASA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, é óbvio que a Bancada do PFL está ansiosa para votar, não apenas o Plano de Carreira do DMLU, mas igualmente os demais Planos que estão em tramitação nesta Casa. O que nos deixa entristecido e de certa forma magoado é chegarmos a esta Casa, hoje, às 15 para as 8 da manhã, e encontrarmos aqui humildes funcionários do DMLU na ilusão de que houvesse a possibilidade de se votar hoje este Projeto. É realmente triste saber que a angústia do funcionalismo do DMLU venha sendo usada com esse objetivo. Ë claro que o Relator-Geral do Processo, Ver. Nei Lima, que é vinculado ao DMLU, deve estar elaborando o seu relatório da forma mais criteriosa, evitando que sejam colocadas ali injustiças funcionais, que haja química de maneira que determinada categoria cuja qualificação é idêntica a outra categoria seja mais ou menos beneficiada. Tenho certeza que o Ver. Nei Lima deve trazer isto hoje para esta Casa, já deve estar pronto. Mas nós queremos votar isto, Vereador. Por isso, queria pedir ao ilustre Ver. Nei Lima, que talvez conheça melhor do que nós a história recente do DMLU, que dê a esta Casa e, principalmente, aos funcionários do DMLU, a boa notícia de que as imperfeições foram corrigidas e que o Processo está em condições de ser votado. Assim, evitaremos que essa gente sofrida e humilde venha aqui alimentar uma ilusão que sabemos impossível de ser concretizada no dia de hoje, que o Ver. Nei Lima, do PDT, do Prefeito Collares, do Plano de Carreira das Professoras, do Plano de Carreira do DMAE, dos Médicos, dos Procuradores, agora, realmente, acelere, como é do seu feitio, este Relatório. Quiçá, até, Ver. Nei Lima, para que nós possamos, até de forma anti-regimental, fazermos uma extraordinária, como V. Exa. pediu sexta-feira para que o DMLU tenha a sua aspiração concretizada. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Nei Lima.

 

O SR. NEI LIMA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, quero agradecer a Liderança do meu Partido que me permitiu que, aqui, viesse falar em seu nome, para dizer aos companheiros Vereadores, aos que nos ouvem no dia de hoje, que, realmente, nós estamos sendo muito criteriosos na forma de elaborar o Parecer do Departamento Municipal de Limpeza Urbana. Ele está praticamente pronto, faltando apenas alguns detalhes, e estamos vendo, também, sob a luz da nova Constituição Brasileira, para que não venha existir um problema futuro.

Quero dizer aos companheiros que este Projeto deu entrada na Casa, praticamente, na Sessão de sexta-feira, e nós estivemos, durante o fim de semana todo, junto com as lideranças do próprio DMLU, discutindo, verificando todo o processo do Executivo. Estamos, agora, reunidos, e eu só vim para esta Sessão, porque fui chamado a discutir o assunto. Quero dizer aos ilustres companheiros, que se preocupam com o Relatório, que nós vamos fazer o Relatório. E que, se não for votado hoje, é porque já havia um pré-estabelecimento de que todos os Projetos que se encontram na Casa, tanto o da Câmara Municipal, como o da Fazenda, como os Projetos que já estão na Casa, seriam votados na quarta-feira. E por esse motivo, e não mais do que esse motivo, é que o Projeto, na quarta-feira, será votado nesta Casa, com o relatório pronto, elaborado, e todas as dúvidas dirimidas. Assim como os companheiros de outras Bancadas, que militam nesta Casa, se preocupam com a vida funcional de nossos funcionários, nós também temos esse critério e queremos fazer justiça para que esse Projeto seja aprovado e sancionado pelo Prefeito, para que os funcionários possam usufruir do Plano, a partir da data que está implícita, isto é, vai viger a partir de outubro, novembro e dezembro do corrente ano. E, para isso, se faz mister que tenhamos, também, uma análise profunda do próprio Orçamento Municipal, e do que é o Orçamento do Departamento Municipal de Limpeza Urbana para o ano que vem. Nós estamos, neste exato momento - e eu saí por questão de 15 ou 20 minutos, para vir discutir o Projeto - analisando a forma orçamentária, para que não seja o funcionário público do Município e, principalmente, o do DMLU - e eu sou o Relator-Geral do Processo - e que, no ano que vem, não seja a forma de pagamento sofrida por falta de verba e por falta de orçamento. Estamos analisando tudo isso para que seja esse Plano efetivamente imposto no ano de 88 e que no ano de 89 seja assegurado esse direito. Os funcionários do DMLU que hoje estão na Casa podem ter a certeza: o Relatório geral esta em fase final de elaboração e, no dia de hoje, ainda será encaminhado ao setor competente, para que seja batido e que nós possamos, antes de quarta-feira, votar o Relatório, para que venha aqui, na quarta-feira, onde seremos convocados extraordinariamente para o período da manhã e votarmos o Projeto do DMLU. A Bancada do PFL, a Bancada do PMDB, a Bancada do PDS e as demais Bancadas desta Casa estarão com o Relatório pronto antes da votação e terão o direito e o dever de examinar o Relatório e ver, junto com o Projeto, se faltou alguma coisa e, se faltou, estaremos aptos a examinar as emendas que, se necessárias, serão feitas por parte dos demais Partidos. Mas até agora, não chegaram emendas de outros Vereadores da Casa. As emendas que terão serão do Relator, até para aprimorar mais o Projeto, e tenham a certeza, os Vereadores desta Casa e os funcionários do DMLU, quarta-feira que vem, o Plano será aprovado nesta Casa. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. CLÓVIS BRUM (Questão de Ordem): Sr. Presidente, considerando que está distribuído o avulso e dele não consta o Projeto do Departamento Municipal de Limpeza Urbana, nós vamos nos retirar e só votaremos matéria a partir do momento em que esteja na Ordem do Dia este Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa comunica aos Srs. Vereadores que há um Requerimento, sobre a mesa, assinado pelo Ver. Flávio Coulon, solicitando a inversão da Ordem do Dia, para correr a Pauta. A Mesa insiste com os Srs. Vereadores que dêem “quorum” para correr a Pauta. Logo após esta Sessão, será realizada uma Sessão Extraordinária, para correr Pauta.

A orientação da Mesa, fixada com as Lideranças, é no sentido de darmos velocidade a um conjunto de Processos na Casa, em andamento, e trazê-los conjuntamente à votação na Ordem do Dia. Por este motivo, solicito que não só seja dado o “quorum” para votação do Requerimento do Ver. Flávio Coulon, mas ainda que haja “quorum” para a Sessão Extraordinária logo a seguir.

Requerimento de autoria do Ver. Flávio Coulon, solicitando que haja uma inversão na ordem dos trabalhos, passando para a Pauta.

Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

A seguir, passaremos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

1ª SESSÃO

 

PROC. 2126/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 164/88, do Ver. Raul Casa, que denomina Praça PM Alcides Figueiredo Cezar um logradouro público.

 

PROC. 2333/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 130/88, que reajusta os vencimentos dos funcionários da Administração Centralizada e Autárquica do Município e dá outras providências.

 

PROC. 2334/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 131/88, que institui a gratificação por exercício de atividade na Secretaria Municipal da Fazenda, revoga a Lei nº 6.066, de 31 de dezembro de 1987, e dá outras providências.

 

PROC. 2335/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 132/88, que estabelece o Plano de Carreira dos Funcionários do Departamento Municipal de Habitação – DEMHAB – dispõe sobre o Plano de Pagamento e dá outras providências.

 

PROC. 2336/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 133/88, que estabelece o Plano de Carreira dos Funcionários da Administração Centralizada do Município; dispõe sobre o Plano de Pagamento e dá outras providências.

 

PROC. 2337/88 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 014/88, que dá nova redação ao artigo 121, da Lei Complementar nº 133, de 31 de dezembro de 1985.

 

PROC. 2187/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 110/88, que institui o Fundo de Manutenção e Conservação dos CIEMs – Centros Integrados de Educação Municipal e Escolas Municipais - FUNCIEM e dá outras providências.

 

PROC. 2039/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 158/88, do Ver. Valdir Fraga, que declara de utilidade pública a Associação dos Agentes de Polícia Federal no Estado do Rio Grande do Sul – AAPF/RS.

 

PROC. 2201/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 124/88, que aprova o Plano de Auxílios, Prêmios e Subvenções para o exercício de 1989, e dá outras providências.

 

PROC. 2202/88 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 010/88, que fixa, para o exercício de 1989, o valor da Unidade de Referência Padrão.

 

PROC. 2208/88 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 053/88, do Ver. Brochado da Rocha, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito ao Senhor Antônio Jesus Machado Cabreira.

 

PROC. 2258/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 168/88, do Ver. Nilton Comin, que denomina Rua Gilberto Jaime um logradouro público.

 

PROC. 2260/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 125/88, que autoriza o Executivo Municipal a contratar operação de crédito com o Fundo de Investimentos Urbanos do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências.

 

PROC. 2174/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 097/88, que aprova o Orçamento Plurianual de Investimentos para o Triênio 1988/1991.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. 2178/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 101/88, que concede contribuição à Universidade do Trabalho, e dá outras providências.

 

PROC. 2179/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 102/88, que concede contribuição ao Clube de Cultura de Porto Alegre, e dá outras providências.

 

PROC. 2180/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 103/88, que concede contribuição à União Metropolitana dos Estudantes Secundários de Porto Alegre - UMESPA, e dá outras providências.

 

PROC. 2181/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 104/88, que concede contribuição ao Centro de Cultura Musical da PUC/RS, e dá outras providências.

 

PROC. 2182/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 105/88, que concede contribuição à Associação dos Servidores da Secretaria Municipal dos Transportes, e dá outras providências.

 

PROC. 2183/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 106/88, que concede contribuição à União dos Vereadores do Rio Grande do Sul, e dá outras providências.

 

PROC. 2184/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 107/88, que concede contribuição à Associação dos Funcionários Municipais de Porto Alegre – AFMPA – Hospital Porto Alegre, e dá outras providências.

 

PROC. 2185/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 108/88, que concede contribuição à Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE, e dá outras providências.

 

PROC. 2186/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 109/88, que concede contribuição à Associação dos CPMs, e dá outras providências.

 

PROC. 2188/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 111/88, que concede contribuição ao Serviço Interconfessional de Aconselhamento - SICA, e dá outras providências.

 

PROC. 2189/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 112/88, que concede contribuição à Associação dos Servidores da Secretaria do Planejamento Municipal, e dá outras providências.

 

PROC. 2190/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 113/88, que concede contribuição à Associação Satélite Prontidão, e dá outras providências.

 

PROC. 2191/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 114/88, que concede contribuição à Sociedade Beneficente Cultural Floresta Aurora, e dá outras providências.

 

PROC. 2192/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 115/88, que autoriza o Município a dar contribuição ao Departamento Municipal de Habitação – DEMHAB, e dá outras providências.

 

PROC. 2193/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 116/88, que autoriza o Município a dar contribuição ao Departamento Municipal de Limpeza Urbana - DMLU, e dá outras providências.

 

PROC. 2194/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 117/88, que concede contribuição à Associação dos Servidores da Secretaria Municipal de Saúde e Serviço Social, e dá outras providências.

 

PROC. 2195/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 118/88, que concede contribuição ao Movimento Assistencial de Porto Alegre - MAPA, e dá outras providências.

 

PROC. 2196/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 119/88, que concede contribuição à Teledifusão Educativa – Planetário da UFRGS, e dá outras providências.

 

PROC. 2197/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 120/88, que concede contribuição à Comissão Municipal de Porto Alegre de Educação de Jovens e Adultos - EDUCAR, e dá outras providências.

 

PROC. 2198/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 121/88, que concede contribuição à Orquestra Sinfônica de Porto Alegre - OSPA, e dá outras providências.

 

PROC. 2199/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 122/88, que concede contribuição à Fundação de Educação Social e Comunitária, e dá outras providências.

 

PROC. 2200/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 123/88, que concede contribuição à Associação Beneficente dos Funcionários da Câmara Municipal de Porto Alegre - ABECAPA, e dá outras providências.

 

3ª SESSÃO

 

PROC. 2136/88 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 052/88, do Ver. Hermes Dutra, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito ao Senhor José Portella Nunes.

 

PROC. 2171/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 095/88, que autoriza o DMAE a dar contribuição à Administração Centralizada e dá outras providências.

 

PROC. 2020/88 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 048/88, da Verª Teresinha Irigaray, que concede o título honorífico de Cidadã Emérita à Sra. Salma Chemale.

 

O SR. PRESIDENTE: Primeiro orador inscrito em Pauta: Ver. Jorge Goularte. Desiste. Ver. Antonio Hohlfeldt. Ausente. Raul Casa. Desiste. Ver. Flávio Coulon.

Com a palavra, o Ver. Flávio Coulon.

 

O SR. FLÁVIO COULON:  Sr. Presidente e Srs. Vereadores, em primeiro lugar, gostaria de deixar também expressamente minha inconformidade como o fato de o Executivo Municipal forçar a vinda de funcionários a esta Casa no sentido de pressionar Vereadores nas votações. Isto dá uma mostra clara do desprestígio e desconsideração que o Sr. Prefeito tem para com esta Casa e dá idéia clara do que ele pensa dos Vereadores, de que trabalhamos sob pressão e que nos rendemos a essa pressão. Na realidade, ele tem alguma razão, mas patrocinar com o dinheiro do povo a vinda de funcionários que deveriam estar trabalhando para pressionar os Vereadores, é uma prática que não condiz com a prática democrática do Sr. Prefeito. Por diversas vezes tenho me referido ao Prefeito Collares com a maior consideração, mas deixo claro que o boato de que o Prefeito Collares estaria para vir para o PMDB é absolutamente falso. Não pode haver convivência dentro do PMDB com Prefeito que não respeita os menores liames democráticos.

Vou me referir ao Processo 2260/38, que trata da autorização para contrair empréstimo no valor de 8 milhões e 400 mil cruzados junto ao Fundo de Investimento Urbano do Estado do Rio Grande do Sul. Trata-se de matéria da mais alta relevância para a cidade de Porto Alegre, e que interessa a qualquer um dos futuros governos desta Cidade, uma vez que essa verba será aplicada em levantamentos básicos e elaboração de projetos executivos de drenagem pluvial urbana nas zonas ainda não estudadas da sede do Município, de modo a permitir que os pontos críticos de drenagem, em sua totalidade, sejam incluídos em solicitações nas agências especializadas em financiamento para as respectivas obras. Esse Projeto é da maior importância para a vida da Cidade, uma vez que este dinheiro será aplicado em projetos que viabilizarão a execução de obras que levarão esta Cidade a sofrer um pouco menos os pesadelos durante as chuvas. É importante que a Bancada do PDT esteja bastante atenta à tramitação rápida deste Processo aqui na Câmara, uma vez que se trata de matéria da mais alta relevância para a vida de Porto Alegre, um projeto que interessa não só a esta administração que está no fim, mas interessa, sobremaneira, à futura administração que aqui virá, já que se trata de investimento em projeto de obras contra as cheias, cheias estas que são uma constante na cidade de Porto Alegre. Então, neste momento faço questão de referir aos Srs. Vereadores a importância de uma rápida tramitação deste Processo aqui dentro da Casa, pela relevância da matéria.

Rapidamente gostaria de me referir a respeito dos processos que reajustam os vencimentos dos funcionários que estão entrando em pauta hoje, e que a proposta do Sr. Prefeito à AMPA é recusada até o momento pela categoria, uma matéria de altíssima relevância que estabelece o Plano de Carreira dos Funcionários da Administração Centralizada do Município, e que fatalmente haverá pressão para que este calhamaço todo seja apreciado em 2 ou 3 dias e o Projeto que aprova o Orçamento Plurianual de Investimentos para o Triênio 1988/1991, ou seja, chamo mais uma vez a atenção dos Srs. Vereadores, vamos votar uma matéria que terá profunda repercussão na futura administração, ou seja, vamos deixar a futura administração já compromissada com um Orçamento Plurianual de Investimento feito por este Governo, onde uma rápida olhada, mais uma vez demonstra que se privilegiam os CIEMs, basicamente neste Plano de Investimento. Ou seja, além de tudo o que foi investido nesta administração, em termos de CIEMs, investimento este que já coloquei nesta tribuna, me reservo o direito de fazer uma série de restrições, enquanto muitos Vereadores batem palmas e acham que os CIEMs são uma grande realização do Governo Alceu Collares, eu me perfilo entre aqueles que acham que se trata de uma obra que merece um amplo debate e no meu modo de entender, uma grande contestação, já que foge totalmente à realidade do ensino brasileiro, já que se trata de uma obra fundamentalmente ideológica e dentro de uma ideologia de aparências e não de profundidade, chamo a atenção dos Srs. Vereadores que o Governo já está empenhado em cristalizar as verbas dos futuros Prefeitos dentro dessa obra, ou na continuação dessas obras dos CIEMs. Tenho deixado claro, aqui desta tribuna, que o Governo do PMDB não tem compromisso com esse tipo de matéria a ser votada, que aliena os direitos do futuro Governo fazer o que acha melhor para a cidade de Porto Alegre.

Eram essas as considerações que pretendia fazer a respeito desse Processo em Pauta. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Jorge Goularte): Encerrada a Pauta. Sobre a mesa, Requerimento de autoria do Ver. Brochado da Rocha, solicitando que os Processos nos 2333; 2334; 2335; 2336; 2260; 2337/88 sejam considerados em regime de urgência e submetidos à reunião conjunta das Comissões: CJR, CUTHAB e CFO.

Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

A seguir, passaremos para a Ordem do Dia.

Não há “quorum” para a Ordem do Dia. Registro a presença dos Vereadores: Aranha Filho, Brochado da Rocha, Caio Lustosa, Elói Guimarães, Flávio Coulon, Gladis Mantelli, Hermes Dutra, Paulo Sant’Ana, Valdir fraga, Wilton Araújo, Werner Becker.

 

(Levanta-se a Sessão às 15h21min.)

 

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